6 de mai. de 2017

Capacete barato? Não, obrigado


O sujeito vai na concessionária e compra uma moto de R$ 10 mil, mas na hora de comprar um capacete procura daqueles que custam menos de R$ 100. Faz sentido? Não faz. Capacetes duram muito e têm uma utilidade nobre, proteger a cabeça. É mais importante que um iPhone de última geração, que uma camiseta Lacoste ou mesmo que aquele monte de pizza que comemos durante o ano inteiro (somadas passam dos R$ 500). Bem, se é tão importante, tem que ser bom. 

Nesses dias estou à procura de um casco novo e entre as opções coloquei as marcas LS2, Zeus, Bell (tem uns em conta) e talvez AGV (achei por menos de R$ 900). Quero algo em torno de R$ 500, para ser usado com scooter e apenas na cidade. Gostei do Bell Qualifier DLX Devil May Care Matte verde fosco, me lembra os aviões da Segunda Guerra, assunto que aprecio. Alguns da LS2 e da Zeus também parecem legais, mas o que realmente me impressionou foi o AGV K3 Mugello, o da foto abaixo.

Não vejo motivo para alguém economizar na compra de capacete. Fico impressionado com a quantidade de gente andando de Bros 160 usando Taurus ou outros ainda piores. Parece que as pessoas ainda pensam que capacete deve ser usado apenas para evitar multas.


4 de mai. de 2017

Nosso trânsito é uma guerra velada

Em 2015 a seguradora responsável pelo DPVAT pagou 42 mil indenizações por morte e 515 mil por invalidez permanente. Nosso trânsito é mortífero como uma guerra, onera o sistema de saúde e gera um pesado custo social. Infelizmente temos dado pouca atenção a esse fato e a redução desses números segue lentamente.

O Piauí tem a maior taxa de óbito por 100 mil habitantes do Nordeste e uma das maiores do Brasil. Nosso país fica atrás de México, Argentina e até da Rússia, mundialmente conhecida pelo tráfego violento. É algo preocupante, principalmente se for considerado a educação do povo, a qualidade das vias e dos automóveis.

A maior vítima é o motociclista, 76% das indenizações do DPVAT são a eles destinadas. Nosso estado pode reverter essa situação. O governo pode e deve fazer sua parte de cuidar e fiscalizar, mas quem deve realmente promover a segurança é o motorista, é o motociclista. É inaceitável que continuemos perdendo vidas, perdendo profissionais que deixam o mercado de trabalho, perdendo pais, crianças e adolescentes.

O projeto Motociclista do Bem surgiu inspirado em programas europeus como o Década de Ações pela Segurança Viária da Fundação FIA, Visão Zero do governo sueco e em recomendações da Organização Mundial de Saúde. É voltado aos motociclistas, mas através de sua campanha De Bem com o Trânsito atinge também pedestres, ciclistas e motoristas.


1 de mai. de 2017

Pergunta do dia: Moto rebaixada é mais perigosa?

Além de proporcionar rodar confortável, a suspensão serve também para manter a moto estável em relação aos desníveis do pavimento, absorver impactos e manter os pneus em contato constante com o solo.

Com uma suspensão travada é impossível fazer dosagem de pressão nos freios em frenagem de emergência, visto que os pneus tendem a quicar e reduzir o atrito. Assim, o espaço de frenagem é prolongado.

Nas curvas os pedais podem tocar o solo e causar desequilíbrio. No mais, devido à impossibilidade de inclinar naturalmente, uma simples manobra de desvio pode levar à queda.