29 de out. de 2017

Ontem morreram quase 300 pessoas

No Brasil temos cerca de 300 mortes por dia decorrentes da violência e de acidentes de trânsito. Mais do que qualquer atentado, mais do que qualquer doença, mais do que qualquer guerra contemporânea. São trezentas vidas perdidas por dia, mais de 100 mil por ano.

Esse é mais um daqueles problemas que não discutimos nas rodas de conversa com amigos. Também não tocamos no assunto durante a campanha eleitoral, quando os políticos visitam nossas casas e simulam alguma empatia. É mais um problema que parece não incomodar ninguém, exatamente como esses outros abaixo. 
  • Cerca de 40 mil mortes por acidentes de trânsito por ano;
  • Cerca de 60 mil assassinatos por ano;
  • Mais de 500 mil vítimas graves de acidentes de trânsito, sendo que 352 mil ficam com invalidez permanente (fonte 1/fonte 2);
  • Mais 500 mil roubos de veículos por ano no Brasil;
  • Mais de 130 mil roubos e furtos só no Ceará (fonte);
  • Congresso mais preocupado com os próprios problemas do que com a defesa dos interesses do povo;
  • Cerca de 500 policiais mortos por ano, quase 100 só no Rio de Janeiro (fonte1/fonte 2);
  • Judiciário prejudicando o trabalho da polícia (fonte 1/fonte 2/fonte 3);
  • Violência crescente, com visível aumento no número de assaltos e roubos feitos por menores de idade;
  • Em vez de punir exemplarmente os maníacos do transporte público, como aquele que ejaculou em várias mulheres, Judiciário prefere colocá-los em "cursos de reciclagem" (fonte);
  • Mais de cinquenta bilhões desviados da Petrobras (fonte);
  • R$ 8.300.000.000,00 gastos com estádios para a Copa de 2014, sendo que boa parte deles é subutilizada ou está degrado (fonte 1/fonte 2);
  • Milhões de reais de dinheiro público gastos com Carnaval (fonte);
  • Mais de R$ 2.000.000.000.000,00 (2 trilhões) em impostos arrecadados anualmente, sendo que quase 40% pagos pelo estado de São Paulo (fonte); 
  • SUS joga no lixo milhões em remédios (fonte);
  • Sistema educacional padronizado que empurra os jovens pobres para o desemprego e para o crime por não prepará-los para o mercado e nem para a cidadania (fonte 1/fonte 2/fonte 3);
  • Universitários que têm dificuldade para ler textos pequenos e resolver cálculos simples (fonte);
  • E o problema não é falta de recursos, mas de gestão responsável (fonte 1/fonte 2);
  • Vereadores ganhando mais de R$ 5 mil por mês em municípios extremamente pobres (fonte);
  • Vereadores que ganham mais de R$ 21 mil e têm direito a diversos benefícios. E apesar de ganharem tanto, boa parte do que fazem é inútil (fonte 1/fonte 2/fonte 3/fonte 4);
  • População reclama do presidente, do senador, dos deputados, do governador, do prefeito e do vereador, mas sequer lembra em quem votou na eleição passada (fonte);
  • Mais de 600 mil presidiários que geram custos enormes e continuam cometendo crimes — quase metade deles sequer passaram por julgamento (fonte 1/fonte 2);
  • Bilhões gastos com publicidade estatal (fonte);
  • Pouca ou nenhuma preocupação com o gestão correta do lixo, fato que irá gerar problemas sérios no futuro próximo (fonte);
  • População que não sabe combater o mosquito Aedes Aegypti (fonte);
  • Metade dos brasileiros sem esgoto (fonte);
  • Milhares de obras inacabadas que geraram custos extraordinários e nunca beneficiarão a população;
O título deste texto parece sensacionalista, mas é verdade. Trezentos ontem, trezentos hoje, trezentos amanhã, e nós não nos importamos muito com isso. Chega de apenas querer que só os políticos façam, precisamos mudar nossas atitudes. Não é obrigação dos políticos dirigir nossos carros com segurança, nos proteger dos acidentes de moto, educar nossos filhos, estudar para ter um bom futuro, não se envolver com o crime etc.

Todos os nossos problemas sociais refletem nosso descaso para com eles. A cada dia há mais pessoas morrendo no trânsito, criminosos nas ruas, lixo acumulado, doenças virais, dinheiro do povo desperdiçado e MENOS qualidade de vida. Precisamos repensar nosso papel na sociedade, precisamos AGIR.

Em 2018 teremos eleição novamente, é bastante desejável ver eleitores menos apaixonados pelos candidatos e mais preocupados com o Brasil.

Este texto foi produzido para a campanha Motociclista do Bem. Saiba mais no blog oficial.

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