1 de mai. de 2019

Pouca evolução em 20 anos


Entre na máquina do tempo e volte até 1999. Naquele ano pouquíssimos carros novos saíam de fábrica com airbags e ABS, e havia modelos como Mille e Kombi que sequer tinham estrutura preparada para acidentes. Os motociclistas do interior raramente usavam capacete.

A despeito de toda essa despreocupação com segurança, o número de vítimas fatais em acidentes de trânsito era semelhante ao de hoje, pouco menos de 40 mil/ano. Claro que a frota cresceu muito, em algumas regiões chegou a triplicar, mas evolução proporcional aconteceu na segurança dos veículos, na qualidade das vias e nas tecnologias de fiscalização. Em 1999 quase não havia municípios pequenos com agentes de trânsito.

Tudo isso é mais uma prova que houve pouco empenho por parte dos governos para reduzir o número de acidentes graves. Chegamos ao absurdo de ter anualmente no estado de Pernambuco quase 10 vezes mais vítimas fatais que na Suécia. Além de clichê, colocar toda a culpa no Estado é fácil demais.

Como principal interessado na segurança viária, cada motorista, motociclista, ciclista e pedestre precisa fazer seu papel direitinho. O Estado não é pai que pega na mão e conduz: seu trabalho pelo trânsito sempre dependerá de cada cidadão.

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