13 de mar. de 2017

Yamaha Neo 125


A Honda Biz lidera o segmento de motos familiares desde quando foi lançada, em 1998. Na terceira geração, hoje figura como a popular mais adequada ao uso urbano, sobretudo no interior, onde ruas sem asfalto fazem os scooters sofrerem. Tem como principal qualidade o grande bagageiro sob o assento, capaz de comportar um capacete fechado ou 10 kg de coisas.

A Yamaha tentou bater de frente com a Crypton 105, mas desistiu em 2005 e passou a brigar com o scooter Neo 115, sem sucesso. A Crypton voltou para entrar na briga que incluía a Honda Pop, mas saiu de linha em 2016 e a o negócio agora é entre o novo scooter Neo 125 e a tradicional Biz. Mesmo que tenham formatos diferentes, o objetivo é o mesmo: conquistar jovens motociclistas, donas de casa e também homens que busquem uma segunda moto mais prática.



Neo sucede Crypton. De novo

Sem a Crypton 115 a Yamaha tenta emplacar o scooter Neo 125 como o produto mais acessível da gama, oferecido por R$ 8.000. O nome é o mesmo daquele que sucedeu a Crypton 105 no ano de 2005, mas o produto é completamente novo. O objetivo dele é ser uma alternativa diferenciada às Hondas Biz 110 (R$ 7.400) e Biz 125 (R$ 9.120).

Mesmo sendo melhor e mais barata na versão sem partida elétrica, a Crypton 115 não conseguiu desbancar a Honda Pop nas vendas e foi massacrada pela Biz 100. Tinha boas qualidades e um pequeno porta-objetos sob o assento, mas a Yamaha pecou no marketing e o povo continuou comprando muita Honda.



Yamaha Neo 125

A Yamaha sabe que não consegue concorrer com as Hondas, agora com motor 110, então seguiu um caminho diferente. A Crypton 115K (que custava o mesmo que uma Pop, mesmo sendo infinitamente melhor) deixou de ser produzida para ceder lugar ao scooter Neo 125.

O formato é padrão de scooter, mas as carenagens com formas exóticas tenta ser um atrativo para o jovem, bem como o farol com LEDs, freio combinado com dianteiro a disco e as rodas de 14 polegadas, maiores que a da Honda Lead 110, por exemplo. Mas peca pela falta de porta-objetos com capacidade para capacete fechado (cabe apenas um do tipo aberto), que serviria para compras ou material escolar.

Atrativos diferenciados

Sabendo que o produto não conseguiria por si só bater as concorrentes da Honda, a Yamaha criou atrativos que podem convencer. O primeiro deles é o programa de preços fixos para revisões, que na verdade são caras. A primeira (aos 1000 km) custa R$ 42 e a segunda (3000 km), R$ 38. No entanto, a de 6000 km custa R$ 227.

Há ainda seguro com preço padrão e assistência 24h para problemas básicos. O seguro em parceria com a Mapfre custa R$ 600 por ano e cobre roubo, colisão, danos materiais, morais e corporais. A franquia também é fixa em R$ 900. A assistência grátis no primeiro ano inclui reboque, socorro mecânico, elétrico, chaveiro, danos aos pneus, pane seca, hospedagem, táxi e despachante, dentre outros.